sábado, 6 de março de 2010

Sobre a dificuldade de assistir TV!

Olá amigos! Para quem acompanha este blog, minhas profundas desculpas(isso me lembra Boris Casoy (e o pior: o cara foi absolvido)) pela demora do novo post. Tenho vários assuntos em mente, no entanto nenhum maduro o suficiente para colocar por aqui. Acho que devo escrever o que tiver de melhor e, enquanto não tiver, não postar. Tenho recebido algumas propostas de texto, em especial da minha namorada Tati Rosa, que prometo, assim que possível, postar a respeito.
De qualquer forma, este é um dos que há algum tempo queria falar. Meu Deus! Como é difícil ficar 10 minutos na frente da televisão. Pode ser que o problema esteja nos olhos de quem vê, claro. Por que não encarar que eu esteja errado, que esteja criticando algo que esteja cumprindo com sua proposta? Pode até ser, entretanto, preciso expor aqui o que me leva a tal constatação.
A televisão(sempre me referindo à TV aberta), como quem tem um mínimo de inteligência sabe, não está para formar um povo culto, um povo que, a partir dela, saiba discernir o que é bom e o que é ruim. Muitas vezes, me parecendo uma forte aliada de quem dirige o país, apenas me passa a impressão de que deve jogar na mente de quem a assiste um conteúdo vazio, "de fácil digestão", livre da possibilidade de fazer raciocinar quem estiver na frente dela. Sinto que a televisão está ali unicamente para vender e dominar a mente e o intelecto do telespectador.
Me enfurece, por exemplo, ver no meio de novelas, comerciais disfarçados dentro das cenas; não por querer ver a cena, óbvio, mas pela falta de respeito com as pessoas que a assistem. Estas querem acompanhar se João vai dizer a José que matou Maria por ciúmes ou coisas do tipo e não ver uma cena de personagens elogiando o Banco Itaú ou Glória indicando um perfume da Natura para Ana. Ainda no âmbito dos "merchandisings": como é maçante alguns programas que passam a tarde! Não bastasse matérias do tipo "conheça o homem com a maior língua do Brasil", ou "depois de 97 anos, filha quer o perdão do pai", o expectador tem seu entretenimento interrompido pelo senhorzinho do Cogumelo do Sol, pelo carinha da Tec-Pix, ou qualquer outra coisa vendável, fazendo a maior propaganda desses produtos como se fossem a solução do século.
E o futebol então, nem se fala! Em uma emissora tem o comentarista, ex-jogador, que ama incondicionalmente Ronaldo e Roberto Carlos, os bajulando até quando não jogam, e que é capaz de se contradizer em qualquer assunto futebolístico em 15 minutos. Na outra, o narrador que sabe tudo: tudo de futebol, de F1, de volei, de basquete, de golfe, de física, de engenharia naval, das regras de funcionamento da Natureza, e que me deixa muito confuso em acreditar que deve ser Deus que está naquela cabine.
Outra coisa que me deixa possesso são os jornais que reportam desgraças. Apresentadores e diretores desses teimam em dizer que isso não é sensacionalismo. Mas, infelizmente, isso pra mim não tem outro nome: uma hora inteira divulgando imagens e entrevistando pessoas completamente sem condições de falar, seja por terem perdido um ente querido ou por terem visto seus bens conseguidos durante toda uma vida serem levados por água abaixo não me parece um jornalismo sério.
Enfim, a televisão está repleta de coisas do gênero, como novelas que veiculam coisas não muito corretas que, com certeza, influenciam o comportamento de quem as assiste(influenciando negativamente o comportamento pessoal, de moda, de fala...), como BBB (bom, este até merece um post em especial), como programas que copiam BBB(bom, é o cúmulo mas existe) e como programas pífios de entrevista em que os entrevistados mal conseguem responder seu nome. Atrações como essas só me fazem acreditar que, durante o tempo em que eu estaria assistindo TV, seja melhor estar estudando, lendo ou assistindo vídeos no YouTube. Acho muito mais vantajoso para quem deseja cuidar de sua cabeça.

3 comentários:

  1. Diego, meu querido! =)

    Estou gostando do seu blog. Suas postagens têm um quê de crítica que eu aprecio.

    Este post me lembrou muito de um podcast que eu ouvi algum tempo atrás. Chama-se "Mídia e baixaria", do palestrante Luciano Pires. Se quiser ouvir, aqui está o link:

    http://podcast.lucianopires.com.br/2006/09/05/midia-e-baixaria

    A mídia no geral sabe que tem uma grande influência. Pergunto-me o que aconteceria se ela nos desse acesso a conteúdos melhores.

    Aliás, já dizia Pound: "The thought of what America would be like if the Classicis had a wide circulation troubles my sleep" (O pensamento de o que a América seria se os Clássicos tivessem ampla circulação perturba meu sono). O que seria de nós (do Brasil) se tivéssemos acesso fácil às "boas influências"?

    Nos resta, além de perceber essa deficiência e constatá-la, trabalhar boas idéias e difundi-las. Quem sabe, num futuro não tão distante, consigamos superar essa avalanche de mau conteúdo em nossas mentes?

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  2. Me faz pensar sobre livrearbítrio... Até que ponto as pessoas são influenciadas porque veem TV ou veem TV porque são influenciadas? A mídia a favor do governo é um sistema muito bem retroalimentado... tão arraigado que fica difícil quebrar o ciclo...
    Por outro lado, em tese qualquer ser humano em seu pleno potencial e faculdades seria capaz de discernir e agir de forma crítica...
    Por que não acontece? Os influenciados assim o são por optarem não usar de seu pensamento crítico ou seus cérebros simplesmente perderam essa capacidade?
    Portanto: Livrearbítrio existe ou não nesse caso?
    Se existir, assim o é porque nós mesmos permitimos que essas coisas continuem, dando audiência a elas!

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  3. tv.... não vejo e não faz falta..

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